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O autor desse Blog é estressado, ranzinza, sarcástico, mal amado, egocêntrico, pervertido, preguiçoso, boca suja e teimoso. O lado bom? Ele nunca mudará.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Um estranho

VOCÊ É ESTRANHO?!?



OU NORMAL?!?




Desculpa a pergunta repentina, mas é que hoje andei com essa questão na cabeça. Na verdade desde ontem ando pensando um pouco nisso.  Percebi recentemente que sou completamente diferente (parece que rimei umas três vezes até aqui) do que meus pais foram e totalmente o avesso do que as pessoas da minha época são, e ainda bem distante do que as pessoas desejam ser hoje em dia. Antes que digam algo, não estou me gabando nem reclamando. Até porque em minha opinião, não existe um lado totalmente bom nem um maléfico nisso tudo, só que é simplesmente engraçado ser... Estranho.  É como se a gente durante um bom tempo (pra não dizer metade das nossas vidas) tentasse se enturmar e ser como os outros, pra ganhar certa credibilidade seja com o sexo oposto ou com aquelas pessoas populares que erroneamente nós olhamos como os amigos ideais para termos, quando mais novos. 

De tanto pensar nisso, fiquei na dúvida se são raras as pessoas que são dessa forma, se são comuns mas eu as vejo pouco, ou se a maioria fica entocada sem deixar que ninguém as conheça, porque sinceramente, eu acho que só vejo clones em todo lugar que vou. Caso não esteja entendendo, vou explicar mais claramente, eu costumo chamar de clones aquelas pessoas de determinado local que agem da mesma forma porque uma agiu certa vez, e fez sucesso. Daí surgem os clones, indivíduos que copiam uns aos outros para “Se darem bem, Brow!!” e coisas desse tipo. Dependendo da cultura da sua região, você também pode conhecê-los pelo nome de Maria-vai-com-as-outras que eu acho errado, afinal, é mais justo dizer Maria-vai-com-todos, ou os famosos macaquinhos de imitação, o que também acho um absurdo, pois os primatas são bem mais espertos do que isso. Aqui na cidade o que predomina é o estilo “Muleque-piranha”, você já deve ter ouvido falar.

Ah, com certeza deve.

 É aquele que escuta funk com o celular bem alto dentro do ônibus, achando que o miserável do aparelho tem um áudio bom, compra um tênis de quatro, cinco, seis ou o diabo do número de molas que o troço tiver e deixa o calção arreado, mostrando o começo das nádegas e aquela cueca que a mamãe comprou na última quarta, nas liquidações. O que me mata de rir, é que as garotas daqui não escapam disso não, pelo contrário. As garotas são do tipo que colocam o shorts enrolado mais pra cima do que ele pode, mostrando aquela bitola de cocha da grossura de um tronco de árvore. Eu adoro sensualidade, sério. Acho lindo um decote bem arrumado, umas pernas bem torneadas, ou vestidos que deixam a mulher com as costas nuas. Mas faça-me o favor, não confunda sensualidade com vulgaridade chula. É deprimente ver meninas de uns dezesseis anos andando com uma blusa que mostra aquela barriga caída sobre o ventre e aquelas saias que de tão curtas parecem mais cintos. E não, não sou gay, gosto de mulher. Mas tem garotas que simplesmente não tem senso de ridículo, querem mostrar algo bonito, QUE ELAS NÃO TEM!  Entre ver uma bonita toda agasalhada e uma feia mostrando coisas que te fazem dispensar qualquer café da manhã, vocês acham que eu prefiro qual?

Você deve ta pensando “Esse cara esculaxa funkeiro que mostra cofrinho no ônibus, fala mal das minas vulgares e ainda tem um blog... É Rockeiro, acertei?!”

Errou, pateta.

Te peguei, neh? Pois é, mais pontos ainda para a estranheza.

 Eu simplesmente odeio o rock brasileiro. O atual, claro. Rock antigo eu gosto. Antigo mesmo, da época dos nossos pais. Esse sim eu gosto, tem letras formidáveis, pensamentos revolucionários que nas entrelinhas te fazem refletir. Agora não me apareça com letrinha de Fresno, NxZero e coisas desse tipo, eu imploro, não me apareça com isso. É tudo a mesma coisa, os mesmos ritmos, os mesmos assuntos, as mesmas vozes afeminadas, os mesmos cabelos rusticamente penteados e feitos para parecerem modernos, quando na verdade são só uma escultura capilar.

 Em relação a programas de TV, não suporto malhação (até mencionei isso no meu primeiro post do blog), não tenho preconceito contra quem assiste, mas se for pra falar “Cê viu o último capítulo de malhação? Eu perdi”, vou dar uma de desentendido pra não falar o que penso do programa. Curto mesmo é seriados, aqui em casa é TV a cabo, então se não estou no quarto, pode ter certeza que estou prostrado no sofá, igual um doente terminal assistindo The Middle, Friends e vários outros seriados da Warner. Quando não era TV a cabo, eu assistia Silvio Santos e outras coisas do SBT. Sério, pode parecer loucura, pode até ser loucura, mas pra mim é bem mais divertido assistir isso do que ver os mesmos filmes de tarde da Rede Globo que geralmente são sobre animais que falam, jogam futebol, basquete, sobre animais!

  Ouço de tudo (menos os que eu mencionei acima) no Media player, mas sou apaixonado por música Country.

Mais pontos pra estranheza, ta anotando?

Quando eu falo pro povo daqui, eles falam “Música da roça?”. É quando geralmente preciso mostrar pra eles em qual região do mapa fica situada a parte Sul dos Estados Unidos. Quando eu falo pro povo de cidade grande, nas vezes que as visito, eles falam “Fala sério, curte Evanescence não, pow?” Aí eu falo “Puta que o pariu, nasci no lugar errado, só pode”

Meu inglês não é perfeito, compreendo muitas coisas apenas ouvindo, mas em grande parte das vezes gosto da música country porque ela não faz seus tímpanos estourarem de tanta gritaria nem são uma ópera sem fim, são simples e relaxantes, ao mesmo tempo que quando vou ver suas traduções, contém muitas vezes letras ótimas, cômicas e românticas (maior parte).  

Romantismo? Sim.

Sou romântico de carteirinha, mas sou aquele romântico cético porque já fiz muita cagada quando mais novo e até pouco tempo. Meu primeiro namoro, com uns dezesseis anos (sim, namoro MESMO comecei tarde, ficação sempre é mais cedo) não durou quatro meses. Entrei de cabeça no relacionamento – burro – Sendo que a garota era mais nova e a mãe ficava em cima, ela não sabia o que queria, e aí já viu. Com o passar do tempo, aconteceram várias coisas e mesmo não querendo, acabei enrijecendo muito no que diz respeito a relacionamento, embora ainda acredito que haja uma pessoa aí fora que esteja vindo montada em um jegue manco (é a única explicação pra tanta demora) chamado futuro, e que quando descer dele eu verei que é minha alma gêmea. Eu sei, eu sei, sonhador e meio mulherzinha, mas o que posso fazer? Falei ali em cima que sou romântico, uai. Meio safado, mas romântico.

Adoro leitura, às vezes perco o sono com muita facilidade, e passo noites e madrugadas inteiras lendo no computador mesmo. Amo, simplesmente, amo escrever. Não deixo que as pessoas que não acreditam no poder que as palavras tem, saibam dos meus planos futuros. Mas qualquer um que me entenda (poucos) sabe que adoro dinheiro, afinal, quem não gosta? Mas não troco nem um milhão pelo gosto que é saber que a gente tem um talento, ainda que pouco desenvolvido, mas que é exatamente o que a gente adora.

Quase não saio muito. Aqui no quarto é meu mundo, sabe? Um lugar que mesmo pequeno e solitário, é meu. Completamente meu. Sou egoísta nesse ponto, gosto da minha bagunça bem bagunçada. Gosto dos CD’s jogados pela mesa do computador, gosto de cada toque “Diego” que tem nesse lugar. Sorrio quando dizem “Você tem que sair mais, só fica em casa” e geralmente respondo “Sair? Beleza, vamo pro McDonalds fazer aquele lanche? Vamo no parque de diversão? Vamo naquela livraria massa que tem alí?” e aí a pessoa já entende o que quero dizer.

Não entendeu? Simples, aqui não tem nada disso.

PRAIA

Aqui só tem praia.

Quando saio, gosto de sair sozinho.  Eu avisei que era estranho, nem vem.

É que sozinho, costumo ir onde quero. Vou pra um lado, vou na venda, vou pro outro, passo pela locadora pra ver se tem algum filme bom, vou na praia andar na areia, vou aos lugares que eu gosto sem escutar “Ai, não entra aí, só tem Nerd. Argh” ou “Aí, você vai entrar aí? Só tem pinguço”.
E daí? Adoro uma Skol, mesmo raramente bebendo em público e respeitando quem não bebe, queria que eu comprasse onde? Na sorveteria?

Não gosto de gente que fica regulando a pessoa. Quando eu namoro, converso muito, mostro como eu sou sem medo nenhum. Meus milhares e intermináveis defeitos, minhas manias mais irritantes, tudo. Agora imagina o estranho desse blog com alguém que não curte palavrões:

“Porra, prendi o dedo na porta, ta doendo pra caralho.”
“Credo, olha a boca menino. Eu, heim!”

Acredite, já aconteceu situações assim em que foi melhor manter distância do que agir todo “fru fru” sendo que não sou nem meio “fru”. Falo palavrão quando to muito indignado ou quando to muito alegre. A pessoa não precisa agir da mesma forma, mas ficar repreendendo alguém que não foi repreendido por isso nem quando pequeno, é pedir pra assistir aquele famoso dedo do meio.

Sou irônico. Infelizmente, sou muito sínico. E o pior é que nem é de propósito às vezes, ajo assim porque, sei lá, instinto. É meio idiota, mas é sério. É quase que um mecanismo que eu adquiri desde pequeno pra atrair só quem realmente gosta de mim como eu sou ou espantar logo os chatos de plantão.

Sou cavalheiro quase que a moda antiga. Não tenho vergonha nenhuma de abrir a porta do carro para uma mulher, elogiar a boa aparência, consolar as choronas ou deixar que uma mãe com as crianças passe a minha frente em algum lugar. Trato mulher da forma que todas devem ser tratadas, com educação e carisma. Mas odeio quando pisam em mim por causa disso. Tem mulher (não todas, ainda bem) que aproveita disso pra abusar do sujeito, conseguir o que quer, essas coisas. Aí, meus caros, pode apostar que viro a pessoa mais grosseira e antipática que vocês já viram na vida. Piso e piso com força em quem age dessa forma, seja homem ou mulher.

Sou meio altruísta quando não devo ser. E o pior é que depois que eu vejo a cagada que fiz, só me resta rir. Porque na maior parte das vezes sou um pouco individualista, então quando gente desse tipo age sem pensar em si mesmo, pode apostar que vai acontecer uma merda. O episódio que marcou isso e eu nunca vou esquecer, foi a vez que precisava pegar um ônibus pra entrevista de emprego no início do ano. Um senhor idoso pediu pra eu ajudar ele no outro lado da rua, a segurar a moto do filho na garagem e levantá-la pra por o descanso no chão. Olhei pro relógio, olhei pra ele, pro relógio, pra ele, pro relógio, pra ele, não resisti. Os olhinhos repletos de rugas e pés de galinha me disseram “Larga de ser filho da mãe e ajuda o velhinho, porra!”.

Fui.

Ajudei.

Perdi o ônibus na mesma hora.

Não sou muito chegado a papo de religião. Ainda mais quando isso passa a ser mais importante do que a opinião verdadeira da pessoa. Já fui de várias, e ao mesmo tempo nenhuma me encantou nem me fez permanecer por muito tempo. Quando as pessoas me perguntam se acredito em Deus, respondo que não sei. Realmente às vezes acredito e às vezes não, tenho uma opinião muito confusa em relação a esse assunto. Não acredito no famoso “Foi Deus que quis assim, meu filho” quando alguém morre num acidente fatal porque penso que caso ele exista, poderia ter evitado e acabou falhando. Quando eu creio, creio em um Deus poderoso, mas poderoso mesmo. Um que possa sim, evitar mortes de inocentes! Que castigue sim, pedófilos e que tenha mais coisas importantes para se preocupar do que com o tão abominado sexo antes do casamento. Acredito no livre arbítrio, no REALMENTE LIVRE.

Não me arrependo de quase nada que falo ou digo. Mas as poucas coisas que me arrependo, são tão amargas que vou carregá-las para sempre comigo. Há coisas que carrego desde criança na memória, torcendo pra poder um dia voltar no tempo e ter feito diferente, mesmo tendo sido um toquinho de gente naquela época.

Bom, anotou tudo? Chegou a um veredicto?

Porque a conclusão que chego com tudo isso, é que o jeito é ser assim. Estranho a beça, mas sem negar nem desejar que fosse diferente. Até porque se eu não fosse tão estranho, não estaria agora escrevendo para as mínimas pessoas (ou talvez nenhuma) que lêem isso aqui, e sinceramente, não teria esse gostoso passa-tempo.

Continuo escrevendo como um doido fora do blog e estou super empolgado por isso. O problema é quando surge idéias pra temas diferentes, é difícil dar conta de tudo. Então a pesquisa continua, e você? Gosta de romance? ficção? terror? 
Estou pensando em criar uma área apenas para crônicas dentro do blog, só por diversão mesmo e gostaria de saber a opinião de quem lê esse treco aqui, para ter idéia de qual tema postar em uma possível, futura e quem sabe bem próxima crônica do blog.

Grande abraço pra todo mundo, e viva o estranho mundo dos estranhos!

5 comentários:

  1. Tenso esse texto hein, bem mas a maioria das coisas é verdade.
    bjs

    http://coposcheiosdevodkaerocknroll.blogspot.com/

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  2. Madrugada sem ter o que fazer resolvi da uma olhada nos posts de quem eu sigo, cheguei aqui dei uma olhada no titulo do post, passei a barra de rolagem pra ver o tamanho do texto, me deu preguiça de ler pelo tamanho, olhei pra um lado e pra o outro então resolvi ler, e quando me toquei ja tinha terminado a leitura.
    É incrível como alguns textos nos prende, principalmente quando você se identifica com o conteúdo alias com a forma que ela é nos passada, gosto muito do que você escreve,é uma forma bem descontraída o lance do jegue manco, ri bastante. Identifico-me bastante, deve ser pelo simples fato de tentar passar de maneira clara o que você pensa, como você mesmo disse sobre a preocupação se fosse outro colocaria de qualquer jeito deixando o texto uma tremenda merda;X então posso ser considerada estranha?? rsrs
    Então que venham as crônicas!! Se for tão bom quão é seus post terei enorme satisfação em ler.

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  3. Gostei muito, te acho muito estranho...na verdade, um estranho que fala tudo que as pessoas tem vontade .., mas não tem coragem...

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  4. Demais, vc fala o que as pessoas não tem coragem de falar, venham as cronicas

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  5. Sou uma fanática por leituras e confesso q seus posts são enormes, mas se eu estou por aqui é sinal que tenho lido tudo. Você é bastante corajoso por falar sobre você dessa forma tão aberta...Parabéns, mocinho. Ganhastes mais uma fã.bj!

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