Quem sou eu

Minha foto
O autor desse Blog é estressado, ranzinza, sarcástico, mal amado, egocêntrico, pervertido, preguiçoso, boca suja e teimoso. O lado bom? Ele nunca mudará.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Um aviso!

Não posso nem chamar isso aqui de post, é apenas um aviso para o próximo.

Vou explicar direito. É que como não consegui criar uma parte organizada só pra contos ou crônicas ou pra qualquer coisa que não faça parte do habitual grupo de post's que estão acostumados a ler aqui, resolvi alertar através desse aviso para que não estranhem a próxima postagem, pois será o primeiro capítulo de um dos contos que comecei a escrever apenas para o blog e para distração de vocês (mandei bem, neh? Foi pra não dizer que estou bem desocupado).

E já que é de histórias fictícias que estamos falando, dou logo um resumão das duas que pretendo ir postando ao longo do tempo, caso gostem.

A primeira terá um ambiente pós-apocalíptico com um pouco mais de ficção do que temos em nossas histórias de tempos atuais. Se passará poucos anos a nossa frente, em uma época que a tão temida terceira guerra já ocorreu e deixou para trás um rastro de crueldade e desespero, obrigando o novo mundo a se adaptar a todos os problemas gerados por isso e os mais corajosos, a batalhar para a reconstrução da sociedade. Mostrará através do relato do personagem principal, o lado mais baixo que uma pessoa pode ter, abusando de toda a crueldade que o ser humano possui e ao mesmo tempo mostrando a inocência que esse mesmo ser pode possuir, sendo capaz de dar esperança a todo um povo.

Na segunda, procurarei apresentar a vocês um ambiente mais humorístico e aventureiro, com pinceladas de romance. Ela abordará as aventuras, paixões e riscos que o maior ladrão que a América latina já teve relata, para uma jornalista que deseja publicar sua biografia, enquanto ele aguarda atrás das grades pela primeira oportunidade de mudar o rumo dessa história que para ele, ainda não teve fim.

Com o tempo, será perceptível algumas semelhanças entre as duas narrativas, como o relato em primeira pessoa e outras pequenas coisas que gosto de deixar quase que em tudo que escrevo, como marca registrada.

Por enquanto é só.
Então ja sabe, neh? Próximo post que deve vir a jato, já será o primeiro capítulo de uma dessas.

Grande abraço!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Um estranho

VOCÊ É ESTRANHO?!?



OU NORMAL?!?




Desculpa a pergunta repentina, mas é que hoje andei com essa questão na cabeça. Na verdade desde ontem ando pensando um pouco nisso.  Percebi recentemente que sou completamente diferente (parece que rimei umas três vezes até aqui) do que meus pais foram e totalmente o avesso do que as pessoas da minha época são, e ainda bem distante do que as pessoas desejam ser hoje em dia. Antes que digam algo, não estou me gabando nem reclamando. Até porque em minha opinião, não existe um lado totalmente bom nem um maléfico nisso tudo, só que é simplesmente engraçado ser... Estranho.  É como se a gente durante um bom tempo (pra não dizer metade das nossas vidas) tentasse se enturmar e ser como os outros, pra ganhar certa credibilidade seja com o sexo oposto ou com aquelas pessoas populares que erroneamente nós olhamos como os amigos ideais para termos, quando mais novos. 

De tanto pensar nisso, fiquei na dúvida se são raras as pessoas que são dessa forma, se são comuns mas eu as vejo pouco, ou se a maioria fica entocada sem deixar que ninguém as conheça, porque sinceramente, eu acho que só vejo clones em todo lugar que vou. Caso não esteja entendendo, vou explicar mais claramente, eu costumo chamar de clones aquelas pessoas de determinado local que agem da mesma forma porque uma agiu certa vez, e fez sucesso. Daí surgem os clones, indivíduos que copiam uns aos outros para “Se darem bem, Brow!!” e coisas desse tipo. Dependendo da cultura da sua região, você também pode conhecê-los pelo nome de Maria-vai-com-as-outras que eu acho errado, afinal, é mais justo dizer Maria-vai-com-todos, ou os famosos macaquinhos de imitação, o que também acho um absurdo, pois os primatas são bem mais espertos do que isso. Aqui na cidade o que predomina é o estilo “Muleque-piranha”, você já deve ter ouvido falar.

Ah, com certeza deve.

 É aquele que escuta funk com o celular bem alto dentro do ônibus, achando que o miserável do aparelho tem um áudio bom, compra um tênis de quatro, cinco, seis ou o diabo do número de molas que o troço tiver e deixa o calção arreado, mostrando o começo das nádegas e aquela cueca que a mamãe comprou na última quarta, nas liquidações. O que me mata de rir, é que as garotas daqui não escapam disso não, pelo contrário. As garotas são do tipo que colocam o shorts enrolado mais pra cima do que ele pode, mostrando aquela bitola de cocha da grossura de um tronco de árvore. Eu adoro sensualidade, sério. Acho lindo um decote bem arrumado, umas pernas bem torneadas, ou vestidos que deixam a mulher com as costas nuas. Mas faça-me o favor, não confunda sensualidade com vulgaridade chula. É deprimente ver meninas de uns dezesseis anos andando com uma blusa que mostra aquela barriga caída sobre o ventre e aquelas saias que de tão curtas parecem mais cintos. E não, não sou gay, gosto de mulher. Mas tem garotas que simplesmente não tem senso de ridículo, querem mostrar algo bonito, QUE ELAS NÃO TEM!  Entre ver uma bonita toda agasalhada e uma feia mostrando coisas que te fazem dispensar qualquer café da manhã, vocês acham que eu prefiro qual?

Você deve ta pensando “Esse cara esculaxa funkeiro que mostra cofrinho no ônibus, fala mal das minas vulgares e ainda tem um blog... É Rockeiro, acertei?!”

Errou, pateta.

Te peguei, neh? Pois é, mais pontos ainda para a estranheza.

 Eu simplesmente odeio o rock brasileiro. O atual, claro. Rock antigo eu gosto. Antigo mesmo, da época dos nossos pais. Esse sim eu gosto, tem letras formidáveis, pensamentos revolucionários que nas entrelinhas te fazem refletir. Agora não me apareça com letrinha de Fresno, NxZero e coisas desse tipo, eu imploro, não me apareça com isso. É tudo a mesma coisa, os mesmos ritmos, os mesmos assuntos, as mesmas vozes afeminadas, os mesmos cabelos rusticamente penteados e feitos para parecerem modernos, quando na verdade são só uma escultura capilar.

 Em relação a programas de TV, não suporto malhação (até mencionei isso no meu primeiro post do blog), não tenho preconceito contra quem assiste, mas se for pra falar “Cê viu o último capítulo de malhação? Eu perdi”, vou dar uma de desentendido pra não falar o que penso do programa. Curto mesmo é seriados, aqui em casa é TV a cabo, então se não estou no quarto, pode ter certeza que estou prostrado no sofá, igual um doente terminal assistindo The Middle, Friends e vários outros seriados da Warner. Quando não era TV a cabo, eu assistia Silvio Santos e outras coisas do SBT. Sério, pode parecer loucura, pode até ser loucura, mas pra mim é bem mais divertido assistir isso do que ver os mesmos filmes de tarde da Rede Globo que geralmente são sobre animais que falam, jogam futebol, basquete, sobre animais!

  Ouço de tudo (menos os que eu mencionei acima) no Media player, mas sou apaixonado por música Country.

Mais pontos pra estranheza, ta anotando?

Quando eu falo pro povo daqui, eles falam “Música da roça?”. É quando geralmente preciso mostrar pra eles em qual região do mapa fica situada a parte Sul dos Estados Unidos. Quando eu falo pro povo de cidade grande, nas vezes que as visito, eles falam “Fala sério, curte Evanescence não, pow?” Aí eu falo “Puta que o pariu, nasci no lugar errado, só pode”

Meu inglês não é perfeito, compreendo muitas coisas apenas ouvindo, mas em grande parte das vezes gosto da música country porque ela não faz seus tímpanos estourarem de tanta gritaria nem são uma ópera sem fim, são simples e relaxantes, ao mesmo tempo que quando vou ver suas traduções, contém muitas vezes letras ótimas, cômicas e românticas (maior parte).  

Romantismo? Sim.

Sou romântico de carteirinha, mas sou aquele romântico cético porque já fiz muita cagada quando mais novo e até pouco tempo. Meu primeiro namoro, com uns dezesseis anos (sim, namoro MESMO comecei tarde, ficação sempre é mais cedo) não durou quatro meses. Entrei de cabeça no relacionamento – burro – Sendo que a garota era mais nova e a mãe ficava em cima, ela não sabia o que queria, e aí já viu. Com o passar do tempo, aconteceram várias coisas e mesmo não querendo, acabei enrijecendo muito no que diz respeito a relacionamento, embora ainda acredito que haja uma pessoa aí fora que esteja vindo montada em um jegue manco (é a única explicação pra tanta demora) chamado futuro, e que quando descer dele eu verei que é minha alma gêmea. Eu sei, eu sei, sonhador e meio mulherzinha, mas o que posso fazer? Falei ali em cima que sou romântico, uai. Meio safado, mas romântico.

Adoro leitura, às vezes perco o sono com muita facilidade, e passo noites e madrugadas inteiras lendo no computador mesmo. Amo, simplesmente, amo escrever. Não deixo que as pessoas que não acreditam no poder que as palavras tem, saibam dos meus planos futuros. Mas qualquer um que me entenda (poucos) sabe que adoro dinheiro, afinal, quem não gosta? Mas não troco nem um milhão pelo gosto que é saber que a gente tem um talento, ainda que pouco desenvolvido, mas que é exatamente o que a gente adora.

Quase não saio muito. Aqui no quarto é meu mundo, sabe? Um lugar que mesmo pequeno e solitário, é meu. Completamente meu. Sou egoísta nesse ponto, gosto da minha bagunça bem bagunçada. Gosto dos CD’s jogados pela mesa do computador, gosto de cada toque “Diego” que tem nesse lugar. Sorrio quando dizem “Você tem que sair mais, só fica em casa” e geralmente respondo “Sair? Beleza, vamo pro McDonalds fazer aquele lanche? Vamo no parque de diversão? Vamo naquela livraria massa que tem alí?” e aí a pessoa já entende o que quero dizer.

Não entendeu? Simples, aqui não tem nada disso.

PRAIA

Aqui só tem praia.

Quando saio, gosto de sair sozinho.  Eu avisei que era estranho, nem vem.

É que sozinho, costumo ir onde quero. Vou pra um lado, vou na venda, vou pro outro, passo pela locadora pra ver se tem algum filme bom, vou na praia andar na areia, vou aos lugares que eu gosto sem escutar “Ai, não entra aí, só tem Nerd. Argh” ou “Aí, você vai entrar aí? Só tem pinguço”.
E daí? Adoro uma Skol, mesmo raramente bebendo em público e respeitando quem não bebe, queria que eu comprasse onde? Na sorveteria?

Não gosto de gente que fica regulando a pessoa. Quando eu namoro, converso muito, mostro como eu sou sem medo nenhum. Meus milhares e intermináveis defeitos, minhas manias mais irritantes, tudo. Agora imagina o estranho desse blog com alguém que não curte palavrões:

“Porra, prendi o dedo na porta, ta doendo pra caralho.”
“Credo, olha a boca menino. Eu, heim!”

Acredite, já aconteceu situações assim em que foi melhor manter distância do que agir todo “fru fru” sendo que não sou nem meio “fru”. Falo palavrão quando to muito indignado ou quando to muito alegre. A pessoa não precisa agir da mesma forma, mas ficar repreendendo alguém que não foi repreendido por isso nem quando pequeno, é pedir pra assistir aquele famoso dedo do meio.

Sou irônico. Infelizmente, sou muito sínico. E o pior é que nem é de propósito às vezes, ajo assim porque, sei lá, instinto. É meio idiota, mas é sério. É quase que um mecanismo que eu adquiri desde pequeno pra atrair só quem realmente gosta de mim como eu sou ou espantar logo os chatos de plantão.

Sou cavalheiro quase que a moda antiga. Não tenho vergonha nenhuma de abrir a porta do carro para uma mulher, elogiar a boa aparência, consolar as choronas ou deixar que uma mãe com as crianças passe a minha frente em algum lugar. Trato mulher da forma que todas devem ser tratadas, com educação e carisma. Mas odeio quando pisam em mim por causa disso. Tem mulher (não todas, ainda bem) que aproveita disso pra abusar do sujeito, conseguir o que quer, essas coisas. Aí, meus caros, pode apostar que viro a pessoa mais grosseira e antipática que vocês já viram na vida. Piso e piso com força em quem age dessa forma, seja homem ou mulher.

Sou meio altruísta quando não devo ser. E o pior é que depois que eu vejo a cagada que fiz, só me resta rir. Porque na maior parte das vezes sou um pouco individualista, então quando gente desse tipo age sem pensar em si mesmo, pode apostar que vai acontecer uma merda. O episódio que marcou isso e eu nunca vou esquecer, foi a vez que precisava pegar um ônibus pra entrevista de emprego no início do ano. Um senhor idoso pediu pra eu ajudar ele no outro lado da rua, a segurar a moto do filho na garagem e levantá-la pra por o descanso no chão. Olhei pro relógio, olhei pra ele, pro relógio, pra ele, pro relógio, pra ele, não resisti. Os olhinhos repletos de rugas e pés de galinha me disseram “Larga de ser filho da mãe e ajuda o velhinho, porra!”.

Fui.

Ajudei.

Perdi o ônibus na mesma hora.

Não sou muito chegado a papo de religião. Ainda mais quando isso passa a ser mais importante do que a opinião verdadeira da pessoa. Já fui de várias, e ao mesmo tempo nenhuma me encantou nem me fez permanecer por muito tempo. Quando as pessoas me perguntam se acredito em Deus, respondo que não sei. Realmente às vezes acredito e às vezes não, tenho uma opinião muito confusa em relação a esse assunto. Não acredito no famoso “Foi Deus que quis assim, meu filho” quando alguém morre num acidente fatal porque penso que caso ele exista, poderia ter evitado e acabou falhando. Quando eu creio, creio em um Deus poderoso, mas poderoso mesmo. Um que possa sim, evitar mortes de inocentes! Que castigue sim, pedófilos e que tenha mais coisas importantes para se preocupar do que com o tão abominado sexo antes do casamento. Acredito no livre arbítrio, no REALMENTE LIVRE.

Não me arrependo de quase nada que falo ou digo. Mas as poucas coisas que me arrependo, são tão amargas que vou carregá-las para sempre comigo. Há coisas que carrego desde criança na memória, torcendo pra poder um dia voltar no tempo e ter feito diferente, mesmo tendo sido um toquinho de gente naquela época.

Bom, anotou tudo? Chegou a um veredicto?

Porque a conclusão que chego com tudo isso, é que o jeito é ser assim. Estranho a beça, mas sem negar nem desejar que fosse diferente. Até porque se eu não fosse tão estranho, não estaria agora escrevendo para as mínimas pessoas (ou talvez nenhuma) que lêem isso aqui, e sinceramente, não teria esse gostoso passa-tempo.

Continuo escrevendo como um doido fora do blog e estou super empolgado por isso. O problema é quando surge idéias pra temas diferentes, é difícil dar conta de tudo. Então a pesquisa continua, e você? Gosta de romance? ficção? terror? 
Estou pensando em criar uma área apenas para crônicas dentro do blog, só por diversão mesmo e gostaria de saber a opinião de quem lê esse treco aqui, para ter idéia de qual tema postar em uma possível, futura e quem sabe bem próxima crônica do blog.

Grande abraço pra todo mundo, e viva o estranho mundo dos estranhos!

domingo, 22 de agosto de 2010

Um sonho

É, passei um tempo longe.

Pior que não posso nem mentir e dizer “Ah, andei cheio de coisa pra fazer, sabe?”. Foi nada disso.

Estava sem coisa alguma pra fazer, ainda estou nesse momento, mas não tinha muita disposição esses dias pra escrever. Não aqui pelo menos. Digo, nessa última semana andei pesquisando, tentando formar idéias, recebendo conselhos, descartando muitos, aproveitando somente os que realmente condizem com o que eu quero pro meu futuro, planejando o mesmo, desplanejando logo depois. Nossa! Foram vários os pensamentos que tive no que diz respeito a “seguir ou não seguir o sonho”.

  Quando a gente toca nesse assunto, geralmente vem à mente aquela coisa de “Será que vai dar certo? Será que valerá a pena? Será que vou fracassar?”, quando na verdade temos que pensar “MAS ESSA BOSTA VAI DAR LUCRO?”. E é aí que a coisa desanda, porque você finalmente coloca os pés no chão e analisa que na maior parte das vezes, nossos sonhos são tão pobres quanto nós mesmos. Não são todos, óbvio, mas grande parte das pessoas às vezes planejam se graduar em algo no qual elas não tem o mínimo talento, apenas um ligeiro interesse porque sabem que aquilo é o bem-do-século, porque sabem que aquilo irá dar um retorno financeiro agradabilíssimo não só para elas, mas para a família que fica montando ali em cima das costas do sujeito, e falando “Fulano, larga de ser besta menino! você adora computador, faz engenharia da computação que dá dinheiro!” ou então “Rapaz, você joga futebol pra caramba, por que não tenta uma vaga ali no Jurubeba Futebol Clube?!”. O pior é que nem sempre a família fala com interesse próprio, as vezes eles falam realmente porque pensam estar ajudando o sujeito em questão, só que não param pra perguntar se o Fulano adora computador porque isso é agradável como LAZER, ou perguntam pro ciclano se ele só joga bola porque ajuda a PASSAR O TEMPO. Entendem? É com uma pequena pressão aqui, outra ali, outra acolá, que a mente acaba sendo moldada de forma nada original.

 A pessoa se encontra em uma sociedade que de um lado um grupo de pessoas torce pelo bem dele sem nem procurar saber se esse bem sequer faz bem para ele.  Do outro lado temos um mundo de aparentes sucessos em determinadas áreas que se tornaram super populares, seja no esporte, na engenharia ou em qualquer outro ramo. E no meio disso tudo, aquilo que era o mais importante, aquela bostinha que o fulano jogou no lixo quando resolveu transformar o lazer da frente do monitor em trabalho ou que o ciclano chutou pra longe junto com a bola de couro, acaba sendo deixada pra trás, e pra sempre. Porque quando eles pararem pra perceber, estarão velhos, cansados e com preocupações maiores para poder correr atrás... do sonho, isso mesmo, aposto que você quase não lembrava da bostinha a qual eu me referi ali em cima, neh? Porque é isso que acontece, os sonhos são esquecidos com muita facilidade. Muito mais facilidade do que as obrigações, responsabilidades e ambições. Sinceramente, esses dias foram divertidos, eu quase não tive nada pra escrever, a inspiração ficou adormecida aqui do meu lado, na cama, enrolada na própria pelagem suave, mas quando eu compreendi o significado do sonho, ela me acordou com aquela lambida de ânimo e me observou enquanto eu sentava novamente aqui, e recomeçava a escrever, e felizmente não me refiro apenas ao blog, dessa vez.

Acho que por hora, é isso. Ah, pra quem tem dúvidas, a inspiração ainda ta aqui, me olhando com seus olhos prateados, esperando eu dizer “Mas será que eu devo...” só pra me dar aquela bela mordida que tem, suponho eu, a melhor das dores já existentes. A dor do despertar.
Mas não se engane, não, viu? Para mim ela me apresenta com o nome de inspiração, outros podem possuir algo chamado de talento, outros ainda chamam a deles de pura força de vontade, mas a verdade é que mesmo você não notando, ela está aí do seu lado. Seja ativa ou jogada no fundo do armário, apenas aguardando uma chance de lhe morder também, para que você perceba que ainda é tempo de correr atrás do seu sonho, e que é perfeitamente possível alcançá-lo sem tirar os pés no chão.

Ambição nunca foi e nunca será sinônimo de sucesso, meus caros. Agora metas pessoais, essas sim, são e sempre serão os troféus a serem alcançados e exibidos com orgulho, para si mesmo.


Gostaria de saber de quem (isso se alguém) comentar, qual o tipo de romance que vocês geralmente gostam, ou estão mais habituados a ler. Podem ser detalhistas, sem medo. 

domingo, 8 de agosto de 2010

Um padrão.

Eu não pretendia.

Eu realmente não tinha a mínima intenção de escrever algo aqui no blog em plena noite de Domingo. Mas acabei de saber de algo que me deixou ouriçado de raiva.

Através de um grande amigo, que é próximo de uma pessoa com um talento literário que na minha humilde opinião, pode ser descrito como esplêndido, e já teve algumas obras suas publicadas, descobri que a pessoa em questão teve seu trabalho rejeitado por uma editora após dias acreditando (graças às próprias palavras confiantes da editora) que o mesmo seria publicado.
Em um país onde muitos não dão valor a leitura e só se importam com pornografia barata ou jogo de futebol, algumas editoras ainda se acham capazes de dizer na cara de alguém que tem tanto talento quanto qualquer autor estrangeiro que alcança o auge do sucesso com uma história distorcida de romance adolescente; que o livro simplesmente “não se encaixa em um padrão nacional, não é o que os brasileiros gostam de ler”.

PADRÃO DE GOSTO BRASILEIRO?

É no mínimo hipocrisia dizer uma coisa dessas, quando setenta por cento dos garotos que você conheceu desde o primário até o fim do segundo grau, só liam anúncios de classificados de prostitutas em qualquer jornal barato ou alguma revistinha pornô. É mais do que hipocrisia dizer isso em uma época em que a maior parte das garotas jovens vão ao delírio com uma história que retrata um vampiro brilhante ou um triângulo amoroso no mínimo duvidoso. Chega a ser ironia afirmar uma coisa dessas em um país que um programinha de merda chamado MALHAÇÃO atrai mais a atenção de um jovem do que uma porra de um bom livro de no máximo cem páginas.  E você editora, vem falar que sabe do que o povo brasileiro gosta? Ah, mil perdões aos patriotas, mas se for pra generalizar, o que por sinal é uma coisa que não gosto, mas se for realmente pra generalizar, a gente pode encher a boca pra falar apenas uma coisa:

 “Brasileiro gosta é de peito, bunda e cerveja”.

Se é assim, garanto que seria bem mais fácil publicar um livro chamado “Sexo, drogas e pagode” já que nem rock’n roll  existe muito por essas bandas. É por essas e outras que essa história de amor a bandeira não desce na minha garganta nem com umas boas goladas de vinho. Porque pra mim, país não passa de um pedaço enorme de terra que um dia ganhou um nome. Eu nunca, nunca na minha vida fui muito fã do chamado patriotismo, o máximo que eu chego perto disso é no futebol , e alistamento no exército eu falo pra qualquer um que quiser ouvir que se for por vontade própria, é pra gente que quer morrer rápido ou tirar onda de “garoto da farda”, porque se estourasse uma guerra com uma super potencia mundial o Brasil seria chupado do mapa. Mas agora realmente foi a gota d’água.

ACORDEM EDITORAS!

Parem de olhar pro próprio rabo e invistam no que realmente compensa.
Independente de etnia ou cultura, essa história de padrão de gostos é coisa pra boi dormir. O que nos diferencia, meus caros amigos, é apenas uma coisa:

                                                               TALENTO.

 Seja qual for o seu, seja qual for o meu, seja qual for o deles, é isso que deveria contar no final de tudo.
 Apenas isso.

sábado, 7 de agosto de 2010

Um escritor, que não escreve.

Eu preciso.

Não, não. Eu exijo!

Exijo uma maldita luz nessa minha mente insana. Estou há quase dois dias com uma energia positiva passando pelos dedos e pela cabeça, com aquela intuição de que quando eu agarrar a idéia ela vai se multiplicar feito hamster sob efeito de Viagra, mas a porra da idéia não se forma por completa! Para que entenda o que estou dizendo, precisamos analisar o que vem acontecendo há um tempo.
Eu gosto de escrever, criar, elaborar e fantasiar histórias, roteiros e romances há um bom tempo. Não sou o tipo de pessoa que se pega dizendo pelos cantos “Ah, se as pessoas gostassem do que escrevo...” ou então “Ah, será que o que eu escrevo é realmente bom? Será que eu nasci pra isso?”.

Não.

Eu sou o tipo de pessoa que sabe que tem talento e defeitos, e não precisa de ninguém dizendo isso para me motivar a escrever (embora não seja cretino a ponto de afirmar que não gosto de elogios, eu adoro, só não faço de propósito). É claro que ainda tenho muitas falhas serem corrigidas, só acho uma tremenda falta de vergonha na cara ficar reclamando dos próprios projetos apenas para receber elogios ou um toque sutil de “Calma, cara. Você é bom no que faz e blá blá blá”. E antes que me chame de convencido, se serve de consolo, esse é praticamente meu único talento. Sou um jumento com números, não tenho vontade alguma de deixar de ser e a única coisa que me salvou no último ano do colégio enquanto eu matava aula pra beber (bons tempos...) foram as notas em redação. Escrever é algo que me fascina, me alegra brincar de Deus e dar um destino aos personagens. Alegra-me ver que quando escrevo esqueço qualquer pessimismo ao meu respeito e me concentro em tornar real aquilo que não é. Sou o tipo de pessoa que tem realmente uma cabeça petrificada na maioria das vezes no que diz respeito a críticas construtivas. Os elogios não fazem meu ego inflar feito um balão e as críticas não me fazem ficar cabisbaixo nem ficar pensando em uma forma de mudar o que errei.  Eu sou neutro, do tipo teimoso mesmo que aprende errando. Sério, não to dizendo que isso é bonito, não. Pelo contrário, me dou mal muitas vezes porque me esqueço de seguir algum conselho ou só dou importância para algum, se meu erro tiver sido tão catastrófico a ponto de eu mesmo ter percebido isso. Admiro nessas horas quem é maleável nesse sentido, quem absorve a crítica e a usa para melhorar, mas também não faço mais muita questão de ser assim porque se não mudei essa mania que tenho desde pequeno, não acho que seria muito fácil fazê-lo agora. O que me irrita mesmo, é que a minha mente parece um cofre no qual eu tenho que desvendar a todo custo a senha pra poder abrir e falar “AGORA TO FEITO!” e escrever loucamente até os dedos caírem. Eu acho uma tremenda sacanagem eu ter uma idéia boa, eu sentir que ela pode dar certo, sentir que pode ser realmente um projeto que tenha chances de sair do papel e não afundar sem um final, como os outros que já tive, só que não conseguir apertar o gatilho para dar início a trama. Há menos de uma semana essa onda de entusiasmo e inspiração me pegou de surpresa depois de uns meses adormecida e veio junto com essa trava psicológica. Sei que não é muito fácil para que você leitor entenda, mas funciona resumidamente assim:

Você tem a história.

Tem os personagens principais.

Tem nomes para eles.

Tem até uma noção de como a história pode terminar.

Mas não tem o maldito do início que gera um meio e o resto da trama.

É foda, gente. Sinceramente, é foda.
Você também passa por isso? Se não passa, minta! Diga que sim, pelo amor de Deus. Porque ta um saco ser o único a não desfazer esse nó cerebral.
Quer saber? Vou é jogar um pouco desses games viciantes de PC, do jeito que minha cabeça é imprevisível, é capaz de descobrir a solução enquanto atiro em algo inanimado.



Não resisti... kkkkkkk... abraços.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Um primeiro post

Merda.

Merda.

Merda.
               
                Não, não estou chapado nem louco. Posso até afirmar que nunca estive em um momento mais lúcido nos últimos meses, exceto pela sonolência já costumeira que me acompanha durante vinte e quatro horas. Simplesmente pensei:
 “Se uma pessoa não se importa em ler a palavra merda escrita três vezes seguidas, no post de inauguração de um blog cujo autor é totalmente desconhecido, ela realmente está em condições de ler todo o resto... E claro, também está com uma possível e enorme falta do que fazer ou no mínimo foi dispensada (o) pelo (a) pretendente.”

                Novamente não sei por onde começar. Nunca sei. Já tive vários blogs, muitos não duraram tempo o suficiente para que fossem aproveitados, outros duraram tempo o bastante para que eu notasse que eram pura perca de tempo. A verdade é que não gosto tanto de blogs a ponto de transformá-los em algo proveitoso como devia ser. Talvez eu esteja lhe espantando por estar dizendo algo desse tipo e você esteja pensando “Esse cara é retardado ou o quê? Se não gosta de blogs, porque escrever em um?”. Não tenho resposta pra isso, juro. Talvez eu realmente seja um retardado de mão cheia por não ser mais um fanático por blogs como tantos por aí, ainda mais hoje em dia, tempo em que o cyber espaço é algo tão mais popular e fácil de alcançar do que qualquer coisa fora dele. Eu só sinto que pela primeira vez, não preciso falar sobre o que os outros querem ler como fiz durante todo o tempo em que percebi gostar e ter certo talento para a escrita. Pela primeira vez quero apenas me sentar na frente desse monitor e escrever sobre o que penso, sobre leitura, sobre escrita, ou sobre outras coisas mais legais do que qualquer papo intelectual que te faça ter vontade de enfiar o dedo na garganta.
Não me entenda mal, não sou o tipo de pessoa que ignora todo tipo de valor cultural e anda dizendo que um livro de algum autor famoso é algo que devemos usar como pano de prato. Jamais irá ler por aqui algo assim ou qualquer coisa que dê a entender isso, por dois simples motivos:
Primeiro: Ninguém que não tenha a capacidade de no mínimo se igualar a alguém, tem o direito de difamar a obra do sujeito em questão.
Segundo: Mesmo se eu não acreditasse em nada do que eu disse acima, eu não seria louco de dizer algo desse tipo, uma vez que futuros potenciais leitores desse blog, possam ser fãs de algum escritor que eu mencione.
A questão é que eu simplesmente encaro o valor cultural de uma forma simples e direta. Exemplo: Eu posso lhe dizer que uma pizza com manjericão é bem melhor que orégano, você, porém, pode bater o pé e afirmar que manjericão só é bom quando posto no molho de tomate no melhor estilo cozinha italiana. E eu não faço idéia porque diabos estou usando metáforas culinárias sendo que não sou bom nisso, talvez seja a fome, talvez seja o descontrole que tenho nos dedos quando escrevo, talvez seja porque me lembrei de alguém dizendo isso esses dias enquanto cozinhava e eu quis aproveitar para preencher espaço. Ou talvez eu apenas esteja querendo lhe dizer: “O que é cultura, para você?”, “O que é ser culto, para você?”
É pegar aquele livro autografado por seu escritor predileto e ler enquanto balança na cadeira posta na varanda? É assistir a uma peça de teatro que seus amigos do curso comentaram e disseram ser realmente tocante? É escutar aquele CD antigo com as músicas do casamento de seus pais apenas para contrariar os gostos da sua época, para que assim você pareça diferente?

Merda.

Tudo isso dito acima se resume na primeira palavra escrita nesse blog. Ser culto não é ter conhecimento sobre coisas que você não dá a mínima. Ser culto é se esforçar pra conhecer o que gosta e ter argumentos na hora de defender tal coisa. Seja você um admirador nato de poesias ou um fanático por Rock. Sei que na sociedade em que vivemos, um bom fingimento tem mais retorno do que qualquer coisa mais real, mas se ainda acha que pode salvar ao menos uma pessoa entre tantos bilhões de toda essa hipocrisia barata, seja egoísta, salve você mesmo. Negar as origens é algo bem mais repulsivo do que qualquer fora que a sociedade possa lhe meter no meio da cara.
Com o passar do tempo, e eu não estou afirmando que passará tanto assim, vocês lerão coisas que talvez nunca tenham visto por aí, ao menos não da mesma forma. Eu não poupo críticas ou elogios, eu não escreverei coisas com o intuito de simular auto-ajuda ou tentar filosofar. Eu não ligo para quem não gosta de palavrões, porque eu realmente adoro cada um deles, me fazem sentir vivo e aliviar um momento de stress, mas é claro que tentei não dizer nenhum no meu primeiro post e confesso que tentarei não ser um filho-da-mãe de boca suja.  Eu apenas quero escrever e aproveitar o máximo da minha inspiração, já que ela é uma garota do tipo independente que some quando quer e aparece sem avisar. Sarcasmo e acidez a parte, não posso negar que ficaria feliz em poder ver nos comentários as opiniões de quem ler. Não me refiro ao que acharão sobre minha escrita, me refiro a poder compartilhar o que acham sobre qualquer assunto que eu resolva postar.
Vejamos o que precisam saber de mim para concluirmos esse post de apresentação.  Sou quase um bipolar compulsivo, consigo ser um autocrítico super pessimista e ao mesmo tempo ser um sujeitinho convencido. Não sou muito altruísta, sou até bastante interesseiro às vezes, mas em algumas ocasiões banco o super-herói sem segundas intenções o que me leva a ser considerado impulsivo. Sempre construo projetos do que um dia possa tornar-se um livro, mas nunca os concluo. Espero realmente conseguir mudar essa ultima parte. Sou também um romântico nato quando acho que a pessoa possa valer à pena, dou carinho, me apaixono e faço ela se apaixonar. Mas também sou sacana e completamente imoral enquanto isso não acontece. É sério, não se envolva com alguém tão pervertido, a não ser que você também seja...
Percebem? Acho que de uma forma ou de outra acabo sendo o que você quer, seja o que for, com ou sem querer. Bom ou mau, nesse exato momento eu quero apenas ser um bom escritor que ganhando ou não seu reconhecimento em forma de comentários, fique na sua memória ao menos por um dia. Afinal, quem gosta de cair no esquecimento?


Que venha o fim de semana...

Procurados