Lembrete: Não fiquei doido. Leia o post que entenderá o sentido de ter posto a música tema do grandioso e eterno Ayrton Senna.
Bom, caso vocês estejam tentando adivinhar qual será a minha rabugice de hoje, eu já aviso que não é sobre política nem sobre moda. Porque são duas coisas que ultimamente andam me fazendo ter vontade de enfiar a própria cabeça dentro da privada e dar descarga enquanto peço a alguém para que jogue gasolina e risque o fósforo.
O assunto hoje não é esse, o assunto hoje é...
BRASIL - SIL - SIL - SIL!!!
Não.
Não me tornei um patriota obsessivo de uma hora pra outra, se é o que estão pensando. Pelo contrário, resolvi hoje, mostrar o porque eu sou tão pouco apegado ao termo “país” e abomino todo tipo de lenga lenga do estilo “Eu amo minha pátria e sou capaz de dar a vida por ela...”
Você ama?
Vai dar a vida por ela?
Humm...
Sei...
TEM É QUE TOMAR VERGONHA NA CARA.
Você tem que dar a vida é pela sua família, pelo sustento da penca de filhos que tu deve ter por aí a fora, e não por uma bandeira e um grupo de pessoas que estão sempre fazendo lavagem cerebral em gente que não tem perspectiva alguma, enquanto seus rabinhos estão aconchegadinhos em uma poltroninha pra lá de cara. Tem é que parar com essa palhaçada de querer lutar pelo país quando ele entra em guerra ou combater crime em favela porque quer que o país melhore a ponto de largar famílias e filhos como se a terra em que pisamos fosse mais importante que eles. Quem tem que melhorar o país são essas pessoas que estão se elegendo. Eu mesmo tirei meu certificado de dispensa do exército ano passado.
“HAHA. Diego, você deve ser o tipo de sujeito molenga pra ter feito algo desse tipo.”
Você acha?
Hum. Interessante, então analise comigo.
Prefere ser taxado como desertor ou molenga e assistir sua TV todos os dias do lado da sua namoradinha e mais anoite dar aquela bimbada magnífica, ou prefere pagar de machão fardado, passar meses no meio de um monte de macho suado e fedorento e depois ser posto em teste num campo de batalha para que enquanto você corra feito a Lessie na cena final, leve um pipoco no meio da testa e fique a vida inteira vegetando?
É. Sei não, heim.
E não me refiro só ao Brasil, não. Me refiro ao patriotismo em geral, EUA então nem preciso comentar.
TUDO FANÁTICO.
Iraque?
Esse eu nem gasto saliva de tão óbvia a estupidez que um indivíduo faz pela pátria, a ponto de pegar seu teco-teco radical e dar um rasante no melhor estilo kamikaze achando que vai ver Allah do outro lado da vida.
Allah..
Allah...
ALÁ A MERDA QUE TU FEZ, SEU RETARDADO.
Explodiu trocentas pessoas e você mesmo por algo que nem vai poder viver pra saber se deu certo. E se bobear, ainda vai reencarnar como uma lesma.
Jumento.
Mas sem mais delongas, vou apresentar poucos, mas significantes motivos que seriam extremamente engraçados, se não fosse ridiculamente tristes, de como nosso querido gigante verde chamado Brasil, é visto lá fora pelas crianças, jovens e adultos.
Preparados? vou começar de leve então.
Nos filmes...
Bom, eu poderia falar sobre eles em si como o Íncrível hulk, Identidade Bourne, Sinais (se não me engano mostra uma cidade de Minas, no interior) e outros. Mas acho mais fácil abordar esse tópico como um só: A mesmice.
Ou vai dizer que nunca reparou? O Brasil não é tratado como Brasil, como devia ser já que é tão aclamado no futebol (ou era), mas é mostrado superficialmente nos filmes como um país qualquer da América Latina. Na maior parte das vezes, se eles querem enfatizar que é o BRASIL que está sendo tratado naquele rápido momento, eles mostram sabe o que? O Cristo Redentor ou o Pão de açúcar. Fora isso, acabou.
Podíamos ser lembrados por uma boa educação, uma boa política ou o único país que está isento de falsos líderes religiosos, mas pra que pedir tanto, neh? A gente não tem isso!
Agora vêm as partes que me fazem rir para não chorar.
Essa é pra criançada, heim!
Nos desenhos...
Quem aqui lembra de um desenho chamado “Capitão Planeta”?
Ééééééé.
Aquela tosqueira que marcou a infância de muitos como eu. Quase toda criança assistia, menino ou menina.
Pois é, a abertura do desenho mostra cinco personagens que são encarregados de dominar os cinco elementos (Terra, ar, água, fogo e ar), cada um de um lugar do mundo (já ta prevendo a treta, neh?).
Logo eles são apresentados: O maluco da África ficou com o poder de terra, ele tem cara de ser um sujeito tranquilo e sensato, do tipo “Muita calma nessa hora, gente. Isso é só um terremoto, já já passa... Passa o fumo de rolo pra mim, please.”
Da América do Norte, é claaaaro que para não perder o costume, eles colocaram o topetudinho boa pinta com aquele sorriso encantador do tipo “♪ Se eu te dou minha pamonha, você dá o seu cural? ♪ “ com o poder maaaaaaais foda de todos, o fogo. Beleza. Até aí, tudo bem.
Então somos apresentados à mocinha que veio da união soviética, uma loirinha coisa-linda-do-papai com cara de mulher fatal que controla o segundo poder mais útil, o vento.
Eis que chega a penúltima, a japinha surfista e descolada com aquele ar de “Se me chamar de gostosa, vira comida pra peixe!” que controla o segundo poder (na minha opinião) mais inútil do desenho, a água.
E CLAAAAARO.
Pra terminar com chave de merda, somos finalmente apresentados ao maluquinho da América do Sul, que..
Pera lá, pera lá...
É um índio.
Ok, nada contra, é a raiz do nosso país, normal.
MAS POR FAVOR, ME DIGA POR QUE ESSE FILHO DE UMA CABRITA TINHA QUE SER APRESENTADO SALVANDO UM MONTE DE MACACO DE UM INCÊNDIOOOO?????????
E pra completar, ele era dono do elemento coração... MAS ISSO É UM ORGÃÃÃÃÃO, NÃO UM ELEMENTO!
Não acredita?
Todo mundo foi apresentado no habitat do seu poder, maneiro. Na hora do pobre do índio, o viado do americano na certa tacou fogo na floresta pra sacanear o pobre do Cacique. E nem adianta chegar do meu lado com esse papo de que pode ser de outro país e tudo mais, porque a gente sabe muito bem que quando querem falar de índio, macaco e incêndio florestal, eles falam do Brasil.
E como se não bastasse tudo isso, temos o cláááássico.
Espera, eu adoro essa palavra, então mais uma vez.
Temos o CLÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁSSICO sucesso dos Games. Todo mundo jogou ele, menino, menina, titio, titia, vovô, cachorro, periquito, papagaio, só não jogou sua sogra porque essa tem é que ser jogada da janela.
Eu estou falando de STREET FIGHTER!!
Sim, aquele jogo de Super Nintendo com uma imagem fosca, simples, que era chamado pelas irmãs dos nerds de “O jogo de lutinha do meu irmão.”
Ele mostrava bastante da diversidade das nações, através de seus personagens.
Por exemplo:
O Ryu e o Ken que são dois personagens principais são respectivamente japonês e americano.
O Sagat, um sujeito que só de olhar te faria mijar nas calças, é tailandês.
A Chun-li, uma chinesa muito suspeita com uma roupinha que fazia os nerds dizerem coisas como “Essa eu vou, heim!”.
E o brasileiro era...
Cinco segundos de silêncio, para meu nariz sangrar de raiva.
UM MONSTRO VERDE!!!!!!!!
SIM! SIM! ESSA BOSTA ESVERDEADA AQUI DO LADO É O BRASILEIRO DO JOGO.
MEU PAI DO CÉU...
O nome dessa porra clorofilada era Blanca (pudera, neh? Só faltava ser um monstro verde chamado Zé da cove) e o único poder que ele sabia executar era CHOQUE ELÉTRICO. Só que o cretino era tão inútil, que ele só dava choque se a pessoa encostasse nele.
Percebe?
Até o Pikachu vencia esse corno!
Era só pegar a manete do videogame, dar meia lua pra trás, A+B e todos aqueles macetes que eu estou caduco de mais pra lembrar, e pronto! Estava lá nosso orgulho esverdeado morto, FEITO UM CATARRO ELÉTRICO.
E como se não bastasse, dentro do nosso próprio país, a difamação é propagada através da mídia.
Já reparou na quantidade de filmes sobre drogas, tráfico, bandido e tudo mais que tem nisso aqui? Quando lançou o Tropa de Elite, eu adorei, todo mundo gritava “Pede pra sair, fila da puta, pede pra sair!”
Agora com o lançamento do 2, vejo como tudo isso é idiota.
Raciocina comigo. No Brasil, qualquer coisa que dê audiência, mesmo que sirva contra o próprio país, é divulgada. No EUA ainda tem a vantagem que pelo menos o governo oculta o máximo que for possível para não manchar a moral do país. Aqui não. Aqui tiveram a cara de pau de fazer um filme sobre aquele bandidinho safado que matou uma moça inocente em um ônibus que ele havia seqüestrado, há alguns anos, lembram disso?
Pois é, minha gente.
Não tenho nem mais o que dizer. Esses são os motivos assim como muitos outros que me levam a ter o maior orgulho do mundo, ao bater no peito, olhar pra bandeira nacional e dizer:
Sou mais os meus princípios!
Já chega, o post ta enorme.
Ah, e antes que eu me esqueça, não pensem que eu não percebo não, viu? Vocês aí que andam acompanhando meu blog e honrando o sentido da palavra “seguidor”. Pode parecer, mas não tenho coração de pedra, não, e agradeço muito aos comentários que mostram que eu não estou escrevendo para o vento.
De verdade.
Grande abraço, galera!